Beneficiamento de Pescado: formação para uma das áreas mais promissoras do país
A atividade pesqueira é a principal base alimentar de comunidades do litoral brasileiro. Lucrativa, a aquicultura – criação e cultivo de organismos aquáticos para fins comerciais – faz parte de uma cadeia produtiva considerada como uma das mais promissoras para as próximas décadas. Isso se deve à grande capacidade do país para produção de recursos pesqueiros naturais e à crescente demanda por alimentos de qualidade.
Para atender à essa necessidade do mercado por profissionais qualificados para atuar na área, o Programa Novos Caminhos ofertou o curso de Operador em Beneficiamento de Pescado, capacitando alunos de várias partes do país. “Há um grande número de indústrias instaladas, não só no Rio Grande do Norte, mas no Brasil inteiro e, aproveitando o momento da pandemia, com o surgimento de novas oportunidades de qualificação profissional, observamos a necessidade de fortalecer a área de processamento de pescado”, explicou o professor Fábio Santana, coordenador do curso na Escola Agrícola de Jundiaí/UFRN.
Segundo Fábio Santana, há escassez de profissionais nesse segmento específico pelo fato de que os cursos superiores de engenharia de alimentos e de medicina veterinária, por exemplo, bem como os cursos técnicos em agroindústria, em aquicultura e de pesca, são todos voltados para a área de processamento e tecnologia do pescado de uma maneira geral. “Cursos bem específicos, que tratam do processamento de pescado, a gente não tem”, enfatizou o professor. “Sempre é bom lembrar que o RN é o maior produtor brasileiro de camarão, então, a carcinicultura é muito forte no Estado, entretanto, não temos um bom número de pessoas que são especializadas nessa área de processamento de pescado, e o nosso curso aparece para suprir essa lacuna”, afirmou.
Outra vantagem, de acordo com ele, é que a pessoa que faz esse curso de operador em beneficiamento de pescado sai preparada pra trabalhar com alimentos de uma maneira em geral. Isso porque as disciplinas apresentam, entre outros, conteúdos relacionados à microbiologia, higiene e segurança alimentar, que é o acesso ao alimento de qualidade para a população. Além disso, o curso enfoca o aproveitamento de resíduos, apontando sempre para as questões alinhadas com a sustentabilidade.
QUALIDADE NA CAPACITAÇÃO
Com uma carga horária de 200 horas, o curso de Operador em Beneficiamento de Pescado contou com 14 turmas, atendendo cerca de 1.700 alunos de todas as regiões do Brasil. E não só os alunos, os profissionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem também são de várias partes do país, todos muito bem conceituados dentro de suas áreas de atuação: engenheiros de pesca, de alimentos, médicos veterinários, licenciados e bacharéis em química e biologia, profissionais com experiência na indústria, que trabalham com controle de qualidade de pescado, especialistas na área de legislação.
A experiência desses profissionais, aliada ao programa multidisciplinar do curso, possibilitam um aprendizado integral, como explica o prof. Fábio: “Antes de entrar na parte mais direcionada a beneficiamento e tecnologia do processamento de pescado, o aluno aprende conteúdos como matemática aplicada, legislação, segurança, prevenção de acidentes, que é de suma importância, enfocamos, também, higiene e sanidade, a parte de limpeza, de sanitização, de controle de qualidade, ensinamos como identificar o perigo físico biológico, a importância das boas práticas de manipulação de alimentos, principalmente no caso do pescado, que é a proteína de origem animal que mais rápido se deteriora”.
Para tanto, os professores empenharam-se em apresentar videoaulas bastante interativas, a fim de que o estudante sentisse como se estivesse numa sala de aula, como se visitasse um laboratório de microbiologia ou de processamento de pescado, visitando um supermercado ou feiras livres, para avaliar a qualidade dos produtos. “As demonstrações práticas necessárias para apresentar determinado conteúdo eram gravadas em vídeo pelos professores, sempre interagindo de modo a levar o melhor para os estudantes”, pontuou o coordenador.
Fábio Santana comemorou o fato de que o curso teve um público “bem eclético e democrático”, segundo o professor, formado por estudantes e graduados em diversas áreas, muitos deles com o intuito de se especializar. “Mas o nosso curso não é só pra esses atores, é também para pessoas que atuam em cooperativas, que são microempresárias individuais ou que querem montar uma empresa de processamento de pescado”.
É o caso de Maria da Conceição Bezerra, que concluiu o curso em 2020, e aproveitou o conhecimento adquirido para fortalecer seu trabalho na comunidade rural de Bebida Velha, município de Pureza/RN. Formada em Administração, Conceição integra a Cooperativa Mista da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Bebida Velha – COOPABEV, que está implantando sua agroindústria de pescado, com foco principal na criação e no cultivo da tilápia. “A oportunidade de fazer esse curso trouxe um nível elevado de qualificação e vai me ajudar a contribuir mais e melhor para o empreendimento do qual faço parte. Temos aprendido como aproveitar o pescado em sua integralidade para que tenhamos uma maior viabilidade econômica”, afirmou Conceição.
“Podemos afirmar que o curso de Operador em Beneficiamento de Pescado é sustentável, uma vez que, mesmo formando dezenas de turmas, sempre teremos público”, ratificou o prof. Fábio. “E, assim, além de agregar valor ao produto que estamos estudando, vamos agregando valor, também, àquelas pessoas que fazem parte desse curso”, finalizou.
Para atender à essa necessidade do mercado por profissionais qualificados para atuar na área, o Programa Novos Caminhos ofertou o curso de Operador em Beneficiamento de Pescado, capacitando alunos de várias partes do país. “Há um grande número de indústrias instaladas, não só no Rio Grande do Norte, mas no Brasil inteiro e, aproveitando o momento da pandemia, com o surgimento de novas oportunidades de qualificação profissional, observamos a necessidade de fortalecer a área de processamento de pescado”, explicou o professor Fábio Santana, coordenador do curso na Escola Agrícola de Jundiaí/UFRN.
Segundo Fábio Santana, há escassez de profissionais nesse segmento específico pelo fato de que os cursos superiores de engenharia de alimentos e de medicina veterinária, por exemplo, bem como os cursos técnicos em agroindústria, em aquicultura e de pesca, são todos voltados para a área de processamento e tecnologia do pescado de uma maneira geral. “Cursos bem específicos, que tratam do processamento de pescado, a gente não tem”, enfatizou o professor. “Sempre é bom lembrar que o RN é o maior produtor brasileiro de camarão, então, a carcinicultura é muito forte no Estado, entretanto, não temos um bom número de pessoas que são especializadas nessa área de processamento de pescado, e o nosso curso aparece para suprir essa lacuna”, afirmou.
Outra vantagem, de acordo com ele, é que a pessoa que faz esse curso de operador em beneficiamento de pescado sai preparada pra trabalhar com alimentos de uma maneira em geral. Isso porque as disciplinas apresentam, entre outros, conteúdos relacionados à microbiologia, higiene e segurança alimentar, que é o acesso ao alimento de qualidade para a população. Além disso, o curso enfoca o aproveitamento de resíduos, apontando sempre para as questões alinhadas com a sustentabilidade.
QUALIDADE NA CAPACITAÇÃO
Com uma carga horária de 200 horas, o curso de Operador em Beneficiamento de Pescado contou com 14 turmas, atendendo cerca de 1.700 alunos de todas as regiões do Brasil. E não só os alunos, os profissionais envolvidos no processo de ensino-aprendizagem também são de várias partes do país, todos muito bem conceituados dentro de suas áreas de atuação: engenheiros de pesca, de alimentos, médicos veterinários, licenciados e bacharéis em química e biologia, profissionais com experiência na indústria, que trabalham com controle de qualidade de pescado, especialistas na área de legislação.
A experiência desses profissionais, aliada ao programa multidisciplinar do curso, possibilitam um aprendizado integral, como explica o prof. Fábio: “Antes de entrar na parte mais direcionada a beneficiamento e tecnologia do processamento de pescado, o aluno aprende conteúdos como matemática aplicada, legislação, segurança, prevenção de acidentes, que é de suma importância, enfocamos, também, higiene e sanidade, a parte de limpeza, de sanitização, de controle de qualidade, ensinamos como identificar o perigo físico biológico, a importância das boas práticas de manipulação de alimentos, principalmente no caso do pescado, que é a proteína de origem animal que mais rápido se deteriora”.
Para tanto, os professores empenharam-se em apresentar videoaulas bastante interativas, a fim de que o estudante sentisse como se estivesse numa sala de aula, como se visitasse um laboratório de microbiologia ou de processamento de pescado, visitando um supermercado ou feiras livres, para avaliar a qualidade dos produtos. “As demonstrações práticas necessárias para apresentar determinado conteúdo eram gravadas em vídeo pelos professores, sempre interagindo de modo a levar o melhor para os estudantes”, pontuou o coordenador.
Fábio Santana comemorou o fato de que o curso teve um público “bem eclético e democrático”, segundo o professor, formado por estudantes e graduados em diversas áreas, muitos deles com o intuito de se especializar. “Mas o nosso curso não é só pra esses atores, é também para pessoas que atuam em cooperativas, que são microempresárias individuais ou que querem montar uma empresa de processamento de pescado”.
É o caso de Maria da Conceição Bezerra, que concluiu o curso em 2020, e aproveitou o conhecimento adquirido para fortalecer seu trabalho na comunidade rural de Bebida Velha, município de Pureza/RN. Formada em Administração, Conceição integra a Cooperativa Mista da Agricultura Familiar e Economia Solidária de Bebida Velha – COOPABEV, que está implantando sua agroindústria de pescado, com foco principal na criação e no cultivo da tilápia. “A oportunidade de fazer esse curso trouxe um nível elevado de qualificação e vai me ajudar a contribuir mais e melhor para o empreendimento do qual faço parte. Temos aprendido como aproveitar o pescado em sua integralidade para que tenhamos uma maior viabilidade econômica”, afirmou Conceição.
“Podemos afirmar que o curso de Operador em Beneficiamento de Pescado é sustentável, uma vez que, mesmo formando dezenas de turmas, sempre teremos público”, ratificou o prof. Fábio. “E, assim, além de agregar valor ao produto que estamos estudando, vamos agregando valor, também, àquelas pessoas que fazem parte desse curso”, finalizou.